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💬 Leitura
Leia os textos abaixo.
“Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus.”
Atos 20:24 ARA
“Não há púlpito como a pira de um mártir. A alegria serena que iluminava a face daqueles cristãos enquanto prosseguiam [...] para o local de execução [...] fez um apelo de eloquência irresistível em prol do evangelho.”
O Grande Conflito – p. 97
Capítulo 12 – França
📄 Plano de leitura
Pág. 95, 96, 97 e 98
◉ Fogueira impressionante
◉ Reinado de terror
⬆️🎧 Também é possível ouvir este texto no áudio acima.
Dia 44
O Grande Conflito
Escrito por Ellen G. White
Capítulo 12 - França - Parte 3 de 5
Fogueira Impressionante
Certo dia, quando por acaso estava em uma praça pública, Calvino testemunhou a queima de um herege. Em meio às torturas dessa morte horrenda e sob a terrível condenação da igreja, o mártir demonstrou fé e coragem, as quais o jovem estudante dolorosamente contrastou com o próprio desespero e a escuridão que sentia. Ele sabia que os "hereges" fundamentavam a fé na Bíblia. Decidiu estudá-la e descobrir o segredo da alegria deles.
Nas Escrituras, Calvino encontrou a Cristo. "Ó Pai!", clamou. "O sacrifício de Jesus aplacou Tua ira, o sangue dEle lavou minhas impurezas, Sua cruz tirou minha maldição, Sua morte fez expiação por mim. [...] Tu tocaste meu coração para que eu me afastasse em desgosto de todos os outros méritos, a não ser os de Jesus." 8
Calvino então tomou a resolução de dedicar a vida ao evangelho. Mas era de natureza tímida e queria se dedicar aos estudos. No entanto, os apelos fervorosos de seus amigos finalmente o fizeram concordar em se tornar professor público. Suas palavras eram como orvalho que cai para refrescar a terra. Na época, ele estava em uma cidade provinciana sob a proteção da princesa Margarida , que amava o evangelho e estendia sua proteção aos discípulos da verdade bíblica. A obra de Calvino começou com as pessoas dentro de seus lares. Aqueles que ouviam a mensagem levavam as boas- novas aos outros. Calvino prosseguiu, estabelecendo o alicerce das igrejas que produziriam testemunhas destemidas da verdade.
Paris receberia mais um convite para aceitar o evangelho. A cidade havia rejeitado o chamado de Lefèvre e Farel, mas novamente todas as classes da grande capital ouviriam a mensagem. O rei ainda não havia se posicionado por completo ao lado de Roma contra a Reforma. Margarida resolveu pregar a fé reformada em Paris. Ela ordenou que um ministro protestante pregasse nas igrejas. Quando as autoridades papais proibiram que isso acontecesse, a princesa abriu o palácio. Foi anunciado que todos os dias seria pregado um sermão, e o povo estava convidado a comparecer. Milhares se reuniam diariamente.
Então o rei ordenou que duas das igrejas de Paris fossem abertas. Nunca antes a cidade fora tão tocada pela Palavra de Deus. Temperança, pureza, ordem e diligência começaram a tomar o lugar da embriaguez, imoralidade, das contendas e da ociosidade. Embora muitos aceitassem o evangelho, a maioria do povo o rejeitava. Os líderes que favoreciam o papado conseguiram retomar sua influência. Mais uma vez, as igrejas foram fechadas, e as fogueiras se acenderam.
Calvino continuava em Paris. Por fim, as autoridades decidiram levá-lo para as chamas. Ele não fazia ideia do perigo que corria quando amigos entraram apressados em seu quarto com a notícia de que havia oficiais a caminho para prendê-lo. Naquele mesmo instante, ouviram uma forte batida na porta exterior. Não havia nenhum momento a perder. Alguns amigos detiveram os oficiais à porta, enquanto outros ajudaram o reformador a descer pela janela. Ele foi às pressas para a cabana de um trabalhador amigo da Reforma. Disfarçado com as roupas de seu anfitrião e com uma enxada no ombro, Calvino começou sua jornada. Viajou para o sul e, mais uma vez, encontrou refúgio no território da princesa Margarida.
Calvino não conseguiria permanecer inativo por tanto tempo. Assim que a tempestade se acalmou um pouco, ele partiu para um novo campo de atividade em Poitiers, onde algumas pessoas já eram favoráveis aos novos pontos de vista. Gente de todas as classes ouvia o evangelho com alegria. À medida que o número de ouvintes cresceu, os reformadores pensaram que seria mais seguro se reunir fora da cidade. Como ponto de encontro, escolheram uma caverna na qual as árvores e rochas dependuradas os mantinham completamente escondidos. Naquele lugar recluso, eles liam e explicavam a Bíblia. Lá os protestantes franceses celebraram a ceia do Senhor pela primeira vez. Aquela pequena igreja enviou vários evangelistas fiéis para outros lugares.
Mais uma vez, Calvino voltou para Paris, mas encontrou quase todas as portas fechadas para sua obra. Por fim, decidiu ir para a Alemanha. Logo depois que saiu da França, os protestantes enfrentaram problemas. Os reformadores franceses resolveram convocar a nação inteira por meio de um golpe ousado contra as superstições de Roma. Cartazes atacando a liturgia da missa foram espalhados por toda a França na mesma noite. Esse movimento zeloso, mas desprovido de sabedoria, deu aos católicos romanos o pretexto de que precisavam para destruir os "hereges", classificando-os como agitadores perigosos para o trono e para a paz da nação.
Um dos cartazes foi afixado na porta do quarto de dormir do rei. A ousadia sem precedentes de infiltrar essas mensagens chocantes na presença real deixou o monarca furioso. Ele expressou sua raiva nestas terríveis palavras: "Prendam, sem distinção, todos os suspeitos de luteresia. Exterminarei todos." 9 O rei decidiu colocar sua influência completamente ao lado de Roma.
Reinado de Terror
Um dos presos foi um homem pobre que muitas vezes tinha a incumbência de chamar os cristãos para as reuniões secretas. Ameaçado de morte imediata na estaca, ele recebeu a ordem de levar o emissário papal à casa de cada protestante da cidade. O medo das chamas tomou conta dele, e o homem concordou em trair seus irmãos. Morin, o detetive real, acompanhado do traidor, passou devagar e silenciosamente pelas ruas da cidade. Quando chegavam à casa de um luterano, o traidor fazia um sinal, mas não dizia nada. A procissão parava, soldados entravam na casa, arrastavam a família para fora, acorrentavam seus membros e o terrível séquito prosseguia em busca de novas vítimas. "Morin fez a cidade inteira tremer. [...] Foi um reinado de terror." 10
As vítimas foram colocadas para morrer sob cruel tortura, com a ordem de abaixar o fogo a fim de prolongar a agonia. Mas morreram como vencedoras, com o compromisso inabalado e a paz desanuviada. Os perseguidores sentiram-se derrotados. "Toda a cidade de Paris pôde ver o tipo de gente que as novas opiniões produziam. Não há púlpito como a pira de um mártir. A alegria serena que iluminava a face daqueles cristãos enquanto prosseguiam [...] para o local de execução [...] fez um apelo de eloquência irresistível em prol do evangelho." 11
Os protestantes foram acusados de tramar o massacre aos católicos, da derrubada do governo e do assassinato do rei. Os acusadores não eram capazes de apresentar nem um pingo de evidência para apoiar suas alegações. Enquanto isso, as crueldades feitas aos inocentes protestantes se acumulavam como um imenso peso de castigo devido e, em séculos posteriores, acarretou exatamente a queda que os acusadores haviam predito para o rei, seu governo e seus súditos. Na verdade, quem fez isso foram infiéis e os próprios defensores do papa. A repressão do protestantismo traria esses desastres terríveis à França.
Suspeita, desconfiança e terror se espalharam para todas as classes da sociedade. Centenas fugiram de Paris, exilando-se de sua terra natal. Em muitos casos, a partida foi o primeiro indício de que a pessoa era favorável à fé reformada. Os oficiais que apoiavam o papa olhavam em volta perplexos ao se dar conta dos "hereges" inesperados que haviam sido tolerados no meio deles.
O Grande Conflito, páginas 95, 96, 97 e 98.
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