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💬 Leitura

Leia os textos abaixo.

Então, Pedro e os demais apóstolos afirmaram: Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens.


Atos 5:29 ARA

As pessoas de nosso tempo necessitam retornar ao grande princípio protestante - a Bíblia e a Bíblia somente como regra de fé e do dever.

O Grande Conflito – p. 89

Capítulo 11 – O protesto

📄 Plano de leitura

Pág. 88, 89, 90 e 91

◉ O posicionamento dos príncipes

◉ Augsburgo

⬆️🎧 Também é possível ouvir este texto no áudio acima.


Dia 41

O Grande Conflito

Escrito por Ellen G. White

Capítulo 11 - O protesto - Parte 2 de 2


O Posicionamento dos Príncipes

 O rei Fernando, representante do imperador, tentou a arte da persuasão. "Implorou aos príncipes que aceitassem o decreto, garantindo-lhes que o imperador ficaria muito satisfeito com eles." Mas aqueles homens fiéis responderam com toda calma: "Obedeceremos ao imperador em tudo que possa contribuir para a manutenção da paz e a honra de Deus."

 

 O rei finalmente anunciou que "a única opção que lhes restava era se sujeitar à maioria". Depois de dizer isso, deixou o ambiente, sem dar aos reformadores nenhuma oportunidade de réplica. "Eles enviaram representantes implorando ao rei que voltasse." Este respondeu apenas: "Está definido. A submissão é a única alternativa." 5

 

 O partido imperial acreditava presunçosamente que a causa do imperador e do papa era forte, ao passo que a posição dos reformadores era fraca. Se os reformadores dependessem somente do auxílio humano, de fato seriam tão impotentes quanto o lado católico supunha. Mas eles apelaram "do relatório da Dieta [Concílio] para a Palavra de Deus, e do imperador Carlos para Jesus Cristo, Rei dos reis e Senhor dos senhores".

 

 Como Fernando havia se recusado a honrar as convicções da consciência deles, os príncipes decidiram não permitir que sua ausência os detivesse. Em vez disso, levaram o protesto imediatamente para o concílio nacional. Elaboraram uma declaração solene e a apresentaram para a dieta:

 

 "Protestamos por meio destas palavras [...] que, para nós e para nosso povo, nem consentimos nem aceitamos de maneira nenhuma o decreto proposto em tudo aquilo que é contrário a Deus, à Sua santa Palavra, ao direito de nossa consciência e à salvação de nossa alma. [...] Por esse motivo, rejeitamos o jugo que nos é imposto. [...] Ao mesmo tempo, esperamos que sua majestade imperial se comporte em relação a nós como um príncipe cristão que ama a Deus acima de todas as coisas. E nos declaramos prontos para oferecer a ele, bem como a vocês, graciosos nobres, todo o afeto e toda a obediência que correspondem a nosso justo e legítimo dever." 6


 A maioria ficou espantada e alarmada pela ousadia dos protestantes. Dissensão, guerra e derramamento de sangue pareciam inevitáveis. Apesar disso, os reformadores, confiando no braço onipotente de Deus, estavam "cheios de coragem e firmeza".


 "Os princípios contidos neste celebrado protesto [...] constituem a própria essência do protestantismo. [...] O protestantismo coloca o poder da consciência acima do governo e a autoridade da Palavra de Deus acima da igreja visível. [...] Diz, assim como os profetas e apóstolos: ' É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens' (At 5:29). Na presença da coroa de Carlos V, ele exalta a coroa de Jesus Cristo." 7 O protesto de Espira foi um testemunho solene contra a intolerância religiosa e uma declaração do direito de todas as pessoas adorarem a Deus de acordo com a própria consciência.


 A experiência desses nobres reformadores contém uma lição para todas as eras que viriam. Satanás continua se opondo às Escrituras como guia para a vida. As pessoas de nosso tempo necessitam retornar ao grande princípio protestante - a Bíblia e a Bíblia somente como regra de fé e do dever.


 Satanás ainda trabalha para destruir a liberdade religiosa. O poder anticristão que os protestantes de Espira rejeitaram agora procura restabelecer sua supremacia perdida.


Augsburgo

 O rei Fernando negou uma audiência aos príncipes evangélicos; mas, a fim de silenciar as dissensões que estavam perturbando o império, no ano seguinte ao protesto de Espira, Carlos V convocou uma dieta em Augsburgo. Ele anunciou que tinha a intenção de presidi-la pessoalmente e convocou os líderes protestantes.


 Os conselheiros do eleitor da Saxônia insistiram para que ele não comparecesse à dieta: "Não é o mesmo que arriscar tudo se fechar dentro dos muros de uma cidade com um inimigo poderoso?" Mas outros declararam nobremente: "Que os príncipes tão somente se portem com coragem e a causa de Deus será salva." "Deus é fiel; Ele não nos abandonará", disse Lutero. 8


 O eleitor começou a jornada para Augsburgo. Muitos prosseguiram com o rosto triste e o coração perturbado. Mas Lutero, que os acompanhou até Coburgo, reavivou sua fé cantando o hino que escreveu naquela viagem: "Castelo forte é nosso Deus". Muitos corações pesados já sentiram alívio ao som desse cântico inspirador.


 Os príncipes reformados haviam decidido apresentar uma declaração de seus pontos de vista com evidências extraídas das Escrituras. Confiaram a tarefa de prepará-la a Lutero, Melâncton e seus companheiros. Os protestantes aceitaram a Confissão e se reuniram para assinar o nome no documento.


 Os reformadores tomaram o cuidado de não misturar sua causa a questões políticas. Quando os príncipes cristãos foram adiante para assinar a Confissão, Melâncton objetou dizendo: "São os teólogos e ministros que devem propor essas coisas. Reservemos a autoridade dos poderosos da Terra para outras questões." João da Saxônia respondeu: "Deus não permita que me excluas. Estou resolvido a fazer o que é direito, sem me incomodar com minha coroa. Quero confessar o Senhor. Meu chapéu eleitoral e meu arminho não me são tão preciosos quanto a cruz de Jesus Cristo." Outro príncipe disse, ao pegar a pena: "Se a honra do meu Senhor Jesus Cristo assim o solicitar, estou pronto [...] para deixar meus bens e minha vida para trás." "Prefiro renunciar a meus súditos e minhas terras e até o país de meus pais apenas com uma vara na mão", continuou, "a aceitar qualquer outra doutrina além da que está contida na Confissão." 9


 Chegou o momento designado. Carlos V, cercado pelos eleitores e príncipes, separou tempo para ouvir os reformadores protestantes. Naquela elevada assembleia formal, os reformadores apresentaram com clareza as verdades do evangelho e apontaram os erros da Igreja Católica. A ocasião foi chamada de "o maior dia da Reforma e um dos mais gloriosos da história do cristianismo e da humanidade".10


 Lutero havia se apresentado sozinho em Worms. Agora, em seu lugar, estavam os príncipes mais poderosos do império. Ele escreveu: "Sinto uma alegria que não cabe em mim por ter vivido até esta hora, a fim de ver Cristo publicamente exaltado por fiéis tão ilustres em uma assembleia sobremodo gloriosa."

 

 Aquilo que o imperador havia proibido que se pregasse no púlpito foi proclamado no palácio. O que muitos consideravam inapropriado até mesmo para os servos ouvirem foi escutado com estupefação pelos mestres e senhores do império. Príncipes coroados eram os pregadores, e o sermão foi a verdade real de Deus. "Desde a era apostólica, nunca houve uma obra maior ou uma confissão mais magnífica." 11

 

 Um dos princípios que Lutero defendia com maior firmeza era que ninguém deveria lançar mão do poder secular em apoio à Reforma. Ele se alegrou porque os príncipes do império confessaram o evangelho; mas, quando estes propuseram uma união em aliança defensiva, o reformador declarou que "a doutrina do evangelho deveria ser defendida apenas por Deus. [...] De acordo com o ponto de vista de Lutero, todas as precauções políticas sugeridas tinham origem em temores inapropriados e na desconfiança pecaminosa". 12

 

 Posteriormente, ao se referir à liga que os príncipes reformados haviam sugerido, Lutero afirmou que a única arma naquele conflito deveria ser "a espada do Espírito". Escreveu para o eleitor da Saxônia: "Nossa consciência não pode aprovar a aliança proposta. A cruz de Cristo deve ser carregada. Que Sua Alteza não tema. Ainda faremos mais por meio de nossas orações do que todos os nossos inimigos são capazes de fazer com suas vanglórias". 13


 Do local secreto de oração, vinha o poder que abalou o mundo da Reforma. Em Augsburgo, Lutero "não passava um dia sem dedicar no mínimo três horas à oração". Na privacidade de seu quarto, ele era ouvido derramando a alma perante Deus em palavras "cheias de adoração, temor e esperança". Para Melâncton, escreveu: "Se a causa é injusta, abandone-a. Se a causa é justa, por que desonrar as promessas dAquele que nos manda dormir sem medo?" 14 Os reformadores protestantes edificaram sobre Cristo. As portas do inferno não conseguiriam prevalecer contra eles!


O Grande Conflito, páginas 88, 89, 90 e 91.

Ação do Dia

Em oração peça a Deus que te use para testemunhar do poder da Palavra (Bíblia Sagrada) em sua vida.

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