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💬 Leitura
Leia os textos abaixo.
“[Disse Jesus:] Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada.”
Mateus 10:34 ARA
“[Disse Lutero:] Longe de me sentir desanimado, eu me alegro ao ver que o evangelho é hoje, assim como no passado, causa de perturbação e dissensão. Esse é o caráter e o destino da Palavra de Deus. 'Não pensem que vim trazer paz à Terra; não vim trazer paz, mas espada', disse Jesus Cristo (Mt 10:34).”
O Grande Conflito – p. 71
Capítulo 8 – A controvérsia
📄 Plano de leitura
Pág. 70, 71 e 72
◉ Novamente perante a Assembleia
⬆️🎧 Também é possível ouvir este texto no áudio acima.
Dia 32
O Grande Conflito
Escrito por Ellen G. White
Capítulo 8 - A controvérsia - Parte 4 de 6
Novamente Perante a Assembleia
Quando Lutero foi convocado novamente perante a assembleia, estava calmo e pacífico, mas, ao mesmo tempo, corajoso e nobre, como testemunha de Deus entre os grandes da Terra. O oficial do império exigiu uma decisão. Ele desejava se retratar? Lutero deu sua resposta em tom humilde, sem violência ou descontrole. Seu aspecto era modesto e respeitoso, porém demonstrava confiança e alegria que surpreenderam a assembleia.
"Sereníssimo imperador, ilustres príncipes e graciosos nobres", começou Lutero, "compareço à sua presença hoje para cumprir a ordem que me foi dada ontem. [...] Se, por ignorância, eu violar os costumes e as formalidades da corte, peço que me perdoem, pois não fui criado nos palácios reais, mas na reclusão de um convento." 18
Então afirmou que, em algumas de suas obras publicadas, havia escrito sobre a fé e as boas obras e até mesmo alguns de seus inimigos as consideraram benéficas. Retratar-se delas seria o mesmo que condenar verdades aceitas por todos. A segunda categoria de escritos consistia daqueles que expunham as corrupções e os abusos do papado. Revogá-las equivaleria a fortalecer a tirania de Roma e abrir uma porta ainda mais larga para sacrilégios maiores. Na terceira categoria, ele havia atacado indivíduos que defenderam males existentes. Em relação a estes, Lutero admitiu abertamente que fora mais violento do que o apropriado. Entretanto, nem mesmo esses livros ele poderia revogar, pois os inimigos da verdade usariam isso como oportunidade para subjugar o povo de Deus com crueldade ainda maior.
Continuou: "Defendo-me assim como fez Cristo, 'Se Eu disse algo de mal, denuncie o mal' (Jo 18:23). [...] Pela misericórdia de Deus, apelo a ti, sereníssimo imperador, e a vós, ilustríssimos príncipes e a todos os homens instruídos que provem, com base nos escritos dos profetas e apóstolos, que estou errado. Assim que me convencerem disso, eu me retratarei de cada erro e serei o primeiro a pegar meus livros e lançá-los ao fogo. [...]
"Longe de me sentir desanimado, eu me alegro ao ver que o evangelho é hoje, assim como no passado, causa de perturbação e dissensão. Esse é o caráter e o destino da Palavra de Deus. 'Não pensem que vim trazer paz à Terra; não vim trazer paz, mas espada', disse Jesus Cristo (Mt 10:34). [...] Tomem cuidado para que, achando que estão dando fim a todas as dissensões, não persigam a santa Palavra de Deus, trazendo sobre vocês um temível dilúvio de perigos intransponíveis, desastres presentes e desolação eterna." 19
Lutero havia falado em alemão. Em seguida, pediram que repetisse as mesmas palavras em latim. Mais uma vez, ele fez seu discurso com a mesma clareza de antes. A orientação divina o guiou nisso. Erros e superstições tanto haviam cegado muitos dos presentes que, a princípio, eles não reconheceram a força do raciocínio de Lutero. A repetição, porém, permitiu que entendessem claramente as ideias apresentadas.
Aqueles que, teimosamente, fecharam os olhos à luz ficaram enfurecidos com o poder das palavras de Lutero. O porta-voz da assembleia disse irado: "Você não respondeu à pergunta que lhe foi feita. [...] Deve dar uma resposta clara e precisa. [...] Vai se retratar ou não?"
O reformador respondeu: "Já que sua serena majestade e suas altezas exigem de mim uma resposta clara, simples e precisa, eu lhes darei e é a seguinte: N ão posso sujeitar minha fé nem ao papa, nem a concílios, pois é tão claro quanto a luz do dia que eles erraram com frequência e contradisseram uns aos outros. A menos que eu seja convencido pelo testemunho das Escrituras [...] , pois não é seguro para um cristão falar contra sua consciência. Aqui estou. Não há nada mais que possa fazer. Que Deus me ajude. Amém." 20
Assim se posicionou o justo homem. Sua grandeza e pureza de caráter, sua paz e alegria de coração deixaram claro para todos que ele testemunhava da superioridade da fé que vence o mundo.
Em sua primeira resposta, Lutero falou em tom respeitoso, quase submisso. Os seguidores do papa pensaram que o adiamento era apenas o primeiro passo rumo à retratação da fé. O próprio Carlos, ao observar com certo desprezo o corpo abatido do monge, suas roupas humildes e a simplicidade de sua fala, declarou: "Esse monge nunca fará de mim um herege." A coragem e a firmeza que ele demonstrava, bem como o poder de seu raciocínio, encheram a todos de surpresa. O imperador exclamou com admiração: "Este monge fala com bravura no coração e coragem inabalável!"
Os defensores de Roma perderam a controvérsia. Tentaram manter seu poder não apelando para as Escrituras, mas por meio de ameaças - o argumento infalível de Roma. O porta-voz da assembleia disse: "Se você não se retratar, o imperador e os estados do império vão se reunir para decidir que providência devem tomar contra um herege incorrigível."
Lutero disse com toda calma: "Que Deus seja meu ajudador, pois não posso me retratar de nada." 21
Pediram a ele que deixasse o ambiente enquanto os príncipes deliberavam. A recusa persistente de Lutero em se sujeitar poderia afetar a história da igreja por eras. Decidiram dar a ele mais uma oportunidade de se retratar. Mais uma vez, perguntaram-lhe se renunciaria a suas doutrinas. "Não tenho outra resposta a dar além daquela que já pronunciei", disse ele.
Os líderes papais ficaram pasmos ao ver que o poder deles não intimidou um humilde monge. Lutero havia falado com toda dignidade e calma cristã. Suas palavras eram livres de sentimentalismo e equívocos. Ele perdera a si mesmo de vista, sentindo apenas que estava na presença dAquele que é infinitamente superior a papas, reis e imperadores. O Espírito de Deus se fez presente, impressionando o coração dos chefes do império.
Vários príncipes reconheceram com ousadia que a causa de Lutero era justa. Outro grupo não expressou as próprias convicções, porém no futuro se tornaram defensores destemidos da Reforma.
O eleitor Frederico ouviu o discurso de Lutero com profunda emoção. Com alegria e orgulho, testemunhou a coragem e calma do doutor e decidiu se posicionar com firmeza ainda maior em defesa de Lutero. Viu que o poder da verdade havia derrotado a sabedoria de papas, reis e autoridades eclesiásticas.
Quando o representante do papa viu o efeito que o discurso de Lutero havia provocado, decidiu usar todos os meios a seu dispor para ocasionar a queda do reformador. Com eloquência e habilidades diplomáticas, ele apresentou ao jovem imperador o perigo de sacrificar a amizade e o apoio de Roma pela causa de um monge insignificante.
No dia posterior à resposta de Lutero, Carlos anunciou à assembleia sua determinação de exaltar e proteger a religião católica. Tinha a intenção de usar medidas vigorosas contra Lutero e as heresias que ele ensinava: "Sacrificarei meus reinos, meus tesouros, meus amigos, meu corpo, meu sangue, minha alma e minha vida [...], mas [...] tratarei tanto ele quanto seus seguidores como hereges obstinados, por meio de excomunhão, banimento oficial e todos os meios calculados para destruí-los." 22 Contudo, declarou o imperador, o salvo-conduto de Lutero deveria ser respeitado. Ele precisaria ter a permissão de voltar para casa em segurança.
O Grande Conflito, páginas 70, 71 e 72.
Ação do Dia
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