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💬 Leitura
Leia os textos abaixo.
“[Disse Jesus:] Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim.”
João 5:39 ARA
“Prestaremos conta pela luz adicional da Palavra de Deus que agora brilha sobre nós.”
O Grande Conflito – p. 73
Capítulo 8 – A controvérsia
📄 Plano de leitura
Pág. 72, 73, 74 e 75
◉ Salvo-conduto ameaçado
⬆️🎧 Também é possível ouvir este texto no áudio acima.
Dia 33
O Grande Conflito
Escrito por Ellen G. White
Capítulo 8 - A controvérsia - Parte 5 de 6
Salvo-Conduto Ameaçado
Mais uma vez os representantes do papa exigiram que o imperador desconsiderasse o salvo-conduto de Lutero. "O Reno deve receber suas cinzas, assim como recebeu as de John Huss há um século." 23 Mas os príncipes da Alemanha, conquanto fossem inimigos confessos de Lutero, protestaram contra tamanha violação da fé pública. Lembraram os desastres que sucederam a morte de Huss. Não ousariam trazer sobre a Alemanha a repetição daqueles terríveis males.
Respondendo à proposta infame, Carlos disse: "Mesmo que a honra e a fé desapareçam do mundo inteiro, elas ainda encontrarão um refúgio no coração dos príncipes." 24 Os inimigos papais de Lutero continuaram a incitá-lo a tratar o reformador assim como Sigismundo fizera com Huss. Mas recordando a cena na qual, em assembleia pública, Huss apontou para suas cadeias e lembrou o monarca de suas promessas de salvo- conduto, Carlos V declarou: "Eu não gostaria de corar como Sigismundo." 25
No entanto, Carlos rejeitou deliberadamente as verdades que Lutero apresentou. Ele não se disporia a sair do caminho dos costumes para trilhar a vereda da verdade e da justiça. Assim como seus pais, ele também defenderia o papado. Ao fazê-lo, rejeitou aceitar a luz que ia além daquela que seus pais haviam aprendido.
Muitos hoje se apegam às tradições de seus antepassados. Quando o Senhor envia mais luz, recusam-se a aceitá-la porque seus pais não o fizeram. Deus não poderá nos aprovar se olharmos para nossos pais a fim de decidir qual é nosso dever, em vez de examinar a Palavra da Verdade por nossa conta. Prestaremos conta pela luz adicional da Palavra de Deus que agora brilha sobre nós.
Por meio de Lutero, o poder divino havia falado ao imperador e aos príncipes da Alemanha. O Espírito de Deus suplicou com muitos pela última vez naquela assembleia. Assim como Pilatos fizera séculos antes, Carlos V cedeu ao orgulho humano e resolveu rejeitar a luz da verdade.
As ameaças contra Lutero circulavam por toda parte, despertando comoção em toda a cidade. Cientes da crueldade enganosa de Roma, muitos amigos resolveram impedir que o reformador fosse sacrificado. Centenas de nobres se comprometeram a protegê-lo. Cartazes foram colocados nas portas das casas e em espaços públicos, alguns condenando Lutero, outros o defendendo. Um deles trazia as significativas palavras: "Ai de ti, ó terra cujo rei é criança " (Ec 10:16, ARA). O entusiasmo popular a favor de Lutero convenceu o imperador e a assembleia de que qualquer injustiça cometida contra ele colocaria em risco a paz do império e a estabilidade do trono.
Frederico da Saxônia escondeu cuidadosamente seu real sentimento em relação a Lutero. Ao mesmo tempo, guardou o reformador com vigilância constante, observando seus movimentos e os de seus inimigos. No entanto, muitos outros não esconderam sua simpatia em relação a Lutero. Spalatin escreveu: "O quartinho do doutor não conseguia comportar todos os visitantes que apareciam." 26 Até mesmo aqueles que não tinham fé em suas doutrinas não conseguiam deixar de admirar a integridade que o levara a correr risco de morte, em vez de violar a própria consciência.
Alguns tentaram avidamente induzir Lutero a concordar em fazer concessões a Roma. Nobres e príncipes lhe disseram que, se ele mantivesse o julgamento contra a igreja e os concílios, seria banido do império e não teria defesa alguma. Mais uma vez, insistiram para que se sujeitasse ao juízo do imperador. Assim ele não teria nada a temer. Em resposta, Lutero disse: "Consinto de todo o coração que o imperador, os príncipes e até mesmo o mais vil cristão examinem e julguem minhas obras. Mas com uma condição: que usem a Palavra de Deus como padrão. A humanidade nada mais tem a fazer além de lhe obedecer."
Em outro apelo, disse: "Consinto em renunciar a meu salvo-conduto. Coloco minha pessoa e minha vida nas mãos do imperador, mas a Palavra de Deus nunca!" 27 Disse que estava disposto a se submeter a um concílio geral, mas somente se o concílio decidisse de acordo com as Escrituras. "No que diz respeito à Palavra de Deus, qualquer cristão é tão bom juiz quanto o papa, mesmo se um milhão de concílios ficarem ao lado do papa." 28 Tanto amigos quanto inimigos finalmente se convenceram de que esforços adicionais para conciliar as duas partes seriam inúteis.
Se o reformador tivesse cedido em um único ponto, Satanás e seus anjos teriam conquistado a vitória. Sua firmeza inabalável foi o meio de libertar a igreja. A influência desse homem que ousou pensar e agir por si mesmo afetaria a igreja e o mundo não só em uma época, mas em todas as gerações futuras.
Logo o imperador ordenou que Lutero voltasse para casa. Sua condenação viria em seguida. Nuvens ameaçadoras pairavam sobre seu caminho; porém, ao deixar Worms, seu coração estava cheio de alegria e louvor.
Após a partida, Lutero queria deixar claro que sua firmeza não consistia em rebelião. Escreveu para o monarca: "Estou pronto, com a maior disposição, para obedecer à vossa majestade, em honra ou desonra, para viver ou morrer, sem nenhuma exceção a não ser a Palavra de Deus, pela qual o ser humano vive. [...] Quando há interesses eternos envolvidos, Deus não quer que uma pessoa se submeta à outra. Isso se dá porque tal submissão em questões espirituais acaba sendo uma forma de adoração, a qual só pode ser prestada ao Criador." 29
Na jornada partindo de Worms, líderes importantes da igreja receberam de bom grado o monge excomungado e governantes civis honraram o homem a quem o imperador havia denunciado. Insistiram para que pregasse e, a despeito do banimento imperial, mais uma vez ele assumiu o púlpito. Disse: "Nunca prometi acorrentar a Palavra de Deus, nem o farei." 30
Não muito depois de Lutero partir de Worms, os líderes católicos conseguiram convencer o imperador a promulgar um edito contra ele. O reformador foi denunciado como "o próprio Satanás em forma humana e vestido com roupas de monge". 31 Assim que o salvo-conduto expirou, todos foram proibidos de abrigá-lo, de lhe dar comida ou bebida, ou de ajudá-lo com qualquer palavra ou ato. Lutero deveria ser entregue às autoridades e seus seguidores também seriam presos e perderiam suas propriedades. Seus escritos deveriam ser destruídos e, por fim, todos que ousassem agir de forma contrária ao decreto seriam incluídos em sua condenação. O eleitor da Saxônia e os príncipes mais favoráveis a Lutero haviam partido de Worms pouco depois do reformador e o decreto do imperador foi aprovado pela assembleia que ainda se encontrava ali. Os apoiadores de Roma não poderiam estar mais felizes. Eles imaginaram que o destino da Reforma estava selado.
O Grande Conflito, páginas 72, 73, 74 e 75.
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