⚔️ 12º dia da Jornada
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💬 Leitura
Leia os textos abaixo.
“[...] seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente.”
Isaías 40:8 ARA
“Durante séculos, a Europa não fez progresso nenhum no ensino, nas artes e na civilização. Uma paralisia moral e intelectual havia recaído sobre a cristandade. Essas condições foram as consequências do banimento da Palavra de Deus!”
O Grande Conflito – p. 30
Capítulo 3 – A escuridão
📄 Plano de leitura
Pág. 28, 29 e 30
◉ Dias de perigo
◉ Como as ideias falsas surgem
⬆️🎧 Também é possível ouvir este texto no áudio acima.
Dia 12
O Grande Conflito
Escrito por Ellen G. White
Capítulo 3 - A escuridão - Parte 3 de 3
Dias de Perigo
Eram poucos os crentes fiéis a Deus. Às vezes, parecia que o erro triunfaria por completo e a verdadeira religião seria banida da Terra. As pessoas perderam o evangelho de vista e passaram a carregar o fardo de requerimentos difíceis. A igreja as ensinava a confiar nas próprias obras para expiar os pecados. Longas peregrinações, atos de penitência, a adoração de relíquias, a construção de igrejas, relicários e altares, o pagamento de grandes somas para os tesouros da igreja - é isso que ela exigia a fim de aplacar a ira de Deus ou obter Seu favor.
Por volta do fim do oitavo século, aqueles que apoiavam o papa afirmavam que, na era primitiva da igreja, os bispos de Roma tinham o mesmo poder espiritual que agora afirmavam ter. Monges forjaram escritos antigos. Decretos de concílios dos quais ninguém nunca ouvira falar antes foram descobertos, consolidando a supremacia do papa desde os tempos mais remotos (ver o Apêndice).
Esses acontecimentos deixaram perplexos os poucos fiéis que se apoiavam no firme alicerce de Cristo (1Co 3:10, 11). Cansados da luta constante contra perseguição, fraude e todos os obstáculos que Satanás inventava, alguns que haviam sido fiéis até então desanimaram. A fim de ter paz e segurança para os próprios bens e a vida, afastaram-se do firme alicerce. Já outros não se abalaram pela oposição dos inimigos.
A adoração a imagens se disseminou por toda parte. As pessoas acendiam velas em frente às imagens e oravam a elas. Os costumes mais desprovidos de sentido prevaleciam. Era como se a própria razão houvesse perdido seu poder. Se até mesmo os padres e bispos eram corruptos e amantes do prazer, não espanta que as pessoas que buscavam neles orientação tenham afundado em ignorância e vícios.
No século 11, o papa Gregório VII proclamou que a igreja nunca havia errado, nem jamais erraria, de acordo com as Escrituras. Mas não apresentou nenhuma prova bíblica para confirmar sua alegação. O orgulhoso pontífice também afirmou ter poder para destituir imperadores. Esse promotor da infalibilidade demonstrou seu caráter tirano no tratamento que dispensou ao imperador alemão Henrique IV. Por ter ousado desconsiderar a autoridade papal, esse monarca foi excomungado da igreja e demovido do trono. O decreto do papa encorajava os próprios príncipes de Henrique a se rebelarem contra ele.
Henrique sentiu a importância de fazer as pazes com Roma. Com a esposa e um servo fiel, atravessou os Alpes no meio do inverno a fim de se humilhar diante do papa. Quando chegou ao castelo de Gregório, foi levado para um pátio externo. Lá, no frio rigoroso do inverno, com a cabeça descoberta e os pés descalços, aguardou a permissão do papa para entrar em sua presença. Somente após três dias em jejum e confissão o papa lhe concedeu perdão. Mesmo assim, foi somente sob a condição de que o imperador esperaria pela permissão papal antes de assumir novamente os símbolos da realeza e exercer seu poder. Gregório sentiu-se triunfante com essa vitória. Ele enaltecia a si mesmo por acabar com o orgulho dos reis.
Que forte contraste entre esse orgulhoso papa e Cristo, que retrata a Si mesmo suplicando entrada à porta do coração. Ele ensinou a Seus discípulos: " Quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo" (Mt 20:26).
Mesmo antes da instituição do papado, os ensinos dos filósofos pagãos já exerciam influência dentro da igreja. Muitos ainda se apegavam às crenças da filosofia pagã e incentivavam os outros a estudá-la como forma de estender sua influência entre os pagãos. Erros graves se infiltraram na fé cristã dessa maneira.
Como as Ideias Falsas Surgem
Um dos principais ensinos falsos era a crença de que somos imortais por natureza e conscientes após a morte. Essa doutrina lançou as bases para que Roma instituísse orações aos santos e a adoração da virgem Maria. Dela também surgiu a heresia do tormento eterno para aqueles que se recusam a se arrepender. Essa crença se tornou parte da fé papal nos primeiros anos da igreja.
Isso abriu caminho para mais uma invenção do paganismo: o purgatório, que a igreja usava para aterrorizar os supersticiosos. Essa heresia afirmava que existe um lugar de tormento no qual as almas daqueles que não merecem a condenação eterna sofrem o castigo por seus pecados e, depois disso, quando livres da impureza, são admitidos no Céu (ver o A pêndice).
Roma ainda precisava de outra mentira a fim de poder se aproveitar dos temores e vícios de seus seguidores: a doutrina das indulgências. A igreja prometia remissão completa de pecados passados, presentes e futuros a todos aqueles que se alistassem nas guerras papais para punir seus inimigos ou exterminar aqueles que ousavam negar sua supremacia espiritual. Ao pagar somas de dinheiro à igreja, as pessoas podiam se livrar do pecado e também liberar a alma de amigos que haviam morrido e estavam passando pelas chamas de tormento. Dessa maneira, Roma encheu seus tesouros e conseguia sustentar a magnificência, o luxo e o vício dos supostos representantes de Jesus, que nem tinha onde repousar a cabeça (ver o Apêndice). A ceia do Senhor foi substituída pelo sacrifício idólatra da eucaristia. Sacerdotes papais alegavam transformar o simples pão e vinho no verdadeiro "corpo e sangue de Cristo". 1 Com presunção blasfema, reivindicavam abertamente o poder criador do Deus que fez todas as coisas. Os cristãos eram compelidos a professar a fé nessa heresia que insulta o Céu ou enfrentar a morte.
No século 13 a igreja instituiu a arma mais terrível do papado: a inquisição. Em seus concílios secretos, Satanás e seus anjos controlavam a mente de homens maus. Um anjo de Deus estava no meio deles de forma invisível, fazendo o terrível registro de seus decretos perversos, escrevendo a história de atos terríveis demais para os olhos humanos contemplarem. " BABILÔNIA, A GRANDE [...] estava embriagada com o sangue dos santos" (Ap 17:5, 6). O corpo dilacerado de milhões de mártires clama a Deus por vingança desse poder apóstata.
O papado havia se tornado o déspota do mundo. Reis e imperadores se submetiam aos decretos do pontífice romano. Por centenas de anos as pessoas aceitaram as doutrinas de Roma sem questionar. Honravam o clero e o sustentavam liberalmente. Desde então, a Igreja Católica nunca conquistou maior dignidade, esplendor ou poder.
Mas "o meio-dia do papado foi a meia-noite do mundo". 2 As Escrituras eram praticamente desconhecidas. Os líderes papais odiavam a luz que revelaria seus pecados. Como foi removida a lei de Deus, o padrão de justiça, vícios eram praticados sem restrições. Os palácios dos papas e de outros líderes da igreja eram cenários de vil imoralidade. Alguns dos papas eram culpados de crimes tão revoltantes que governantes seculares tentaram depô-los por serem monstros perversos demais para ser tolerados. Durante séculos, a Europa não fez progresso nenhum no ensino, nas artes e na civilização. Uma paralisia moral e intelectual havia recaído sobre a cristandade.
Essas condições foram as consequências do banimento da Palavra de Deus!
O Grande Conflito, páginas 28, 29 e 30.
Ação do Dia
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