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💬 Leitura

Leia os textos abaixo.

A revelação das tuas palavras esclarece e dá entendimento aos simples.


Salmos 119:130 ARA

[Disse Lutero:] Preguemos; o resto pertence a Deus. Se eu recorresse à força, o que ganharia? Deus toma posse do coração e, quando o conquista, ganha tudo.

O Grande Conflito – p. 84

Capítulo 10 – Alemanha

📄 Plano de leitura

Pág. 83, 84, 85 e 86

◉ Um poder de origem superior

◉ Agonia profunda

◉ Conhecimento por toda parte

⬆️🎧 Também é possível ouvir este texto no áudio acima.


Dia 39

O Grande Conflito

Escrito por Ellen G. White

Capítulo 10 - Alemanha - Parte 2 de 2


Um poder de ordem superior

 Logo se espalhou por Wittenberg a notícia de que Lutero havia voltado e iria pregar. A igreja ficou lotada. Com grande sabedoria e gentileza, ele instruiu e reprovou:

 

 "A liturgia da missa é má. Deus Se opõe a ela e deve ser abolida. [...] Mas não devemos afastar ninguém dela à força. [...] A Palavra [...] de Deus deve agir, não nós. [...] Temos o direito de falar, não de agir. Preguemos; o resto pertence a Deus. Se eu recorresse à força, o que ganharia? Deus toma posse do coração e, quando o conquista, ganha tudo. [...]

 

 "Eu pregarei, debaterei e escreverei, mas não forçarei ninguém, pois a fé é um ato voluntário. [...] Eu me levantei contra o papa, as indulgências e aqueles que apoiavam o papado, mas sem violência, nem tumulto. Coloquei em evidência a Palavra de Deus; preguei e escrevi - foi só isso que eu fiz. Ainda assim, enquanto eu dormia, [...] a palavra que eu havia pregado subverteu o sistema papal de tal modo que nenhum príncipe ou imperador lhe causou tanto dano assim. Contudo, eu não fiz nada. Foi a Palavra sozinha que fez tudo." 6 A Palavra de Deus quebrou o encantamento da empolgação fanática. O evangelho trouxe pessoas desencaminhadas de volta à verdade.


 Vários anos depois, o fanatismo irrompeu com resultados mais terríveis. Lutero disse: "Para eles, as Sagradas Escrituras não passam de letras mortas e começam a clamar: 'O Espírito! O Espírito!' Mas de maneira nenhuma seguirei aonde o espírito deles conduz." 7

 

 Thomas Münzer, o mais ativo dentre os fanáticos, era um homem de habilidade considerável, mas não havia aprendido a verdadeira religião. "Era tomado pelo desejo de reformar o mundo e se esqueceu, assim como acontece com todos os fanáticos, de que a reforma deveria começar com ele próprio." 8 Não estava disposto a ser o segundo, nem mesmo em relação a Lutero. Alegava que o próprio Deus lhe ordenara que introduzisse a verdadeira reforma: "Aquele que possui o espírito, possui a verdadeira fé, mesmo que nunca veja as Escrituras nesta vida ." 9


 Os mestres fanáticos se permitiam ser governados por impressões, aceitando qualquer pensamento e impulso como a voz de Deus. Milhares de pessoas aceitaram as doutrinas de Münzer. Logo ele declarou que quem obedecia a príncipes estava tentando servir tanto a Deus quanto a Satanás.

 

 Os ensinos revolucionários de Münzer levavam as pessoas a romper com toda forma de controle. Seguiram-se cenas terríveis de conflito, e os campos da Alemanha se encharcaram de sangue.


Agonia Profunda

 Os príncipes favoráveis ao papa declararam que a rebelião era fruto das doutrinas de Lutero. Essa acusação trouxe grande aflição ao reformador, ao ver que a causa da verdade era motivo de desgraça por ser classificada com o pior tipo de fanatismo. Em contrapartida, os líderes da revolta odiavam Lutero. Além de ter negado suas reivindicações de inspiração divina, o reformador os chamara de rebeldes contra as autoridades civis. Em retaliação, eles o denunciaram como um impostor vil.

 

 Os apoiadores de Roma esperavam ver a queda da Reforma. E culpavam Lutero até mesmo pelos erros que ele tentava fervorosamente corrigir. Os fanáticos, alegando falsamente que estavam sendo tratados com injustiça, ganharam simpatia. As pessoas começaram a vê-los como mártires. Dessa maneira, aqueles que se opunham à Reforma recebiam simpatia e louvor. Essa foi uma obra do mesmo espírito de rebelião que mostrou sua face pela primeira vez no Céu.

 

 Satanás tenta constantemente enganar as pessoas e lev á -las a chamar o pecado de justiça e a justiça de pecado. A contrafação da santidade, uma santificação falsa, continua a demonstrar o mesmo espírito dos dias de Lutero, desviando a mente das Escrituras e induzindo as pessoas a seguir sentimentos e impressões, em lugar da lei de Deus.

 

 Destemido, Lutero defendeu o evangelho dos ataques que vinha sofrendo. Com a Palavra de Deus, guerreou contra a autoridade usurpada do papa, ao mesmo tempo em que permaneceu firme como uma rocha contra o fanatismo que tentou se aliar à Reforma.

 

 Esses dois elementos de oposição deixavam as Sagradas Escrituras de lado, exaltando a sabedoria humana como fonte de verdade. O racionalismo idolatra a razão e a transforma no padrão para a prática religiosa. O romanismo alega ter uma linha intacta de inspiração dos apóstolos, dando- lhe a oportunidade de esconder extravag â ncias e corrupção debaixo da comissão "apostólica". A inspiração que Münzer reivindicava vinha da própria imaginação. O verdadeiro cristianismo aceita a Palavra de Deus como teste de toda e qualquer inspiração.

 

 Quando voltou de Wartburg, Lutero concluiu a tradução do Novo Testamento, e logo o evangelho passou a circular entre o povo da Alemanha no próprio idioma. Todos que amavam a verdade receberam essa tradução com grande alegria.

 

 Os padres se alarmaram diante do pensamento de que agora o povo comum teria condições de debater a Palavra de Deus com eles, o que exporia a própria ignorância. Roma lançou mão de toda sua autoridade para impedir que as Escrituras se espalhassem. Mesmo assim, quanto mais proibia a Bíblia, mais as pessoas queriam saber o que ela realmente ensinava. Todos os que sabiam ler a carregavam consigo e só se satisfaziam ao memorizar grandes trechos das Escrituras. Lutero começou imediatamente a tradução do Antigo Testamento.

 

 Os escritos do reformador eram recebidos de bom grado tanto nas cidades quanto nas vilas. "Aquilo que Lutero e seus amigos registravam, outros se encarregavam de fazer circular. Monges convencidos de que seus votos monásticos eram ilegítimos, mas ignorantes demais para proclamar a Palavra de Deus [...] vendiam os livros de Lutero e de seus amigos. A Alemanha logo foi inundada por esses ousados vendedores de livros." 10


Conhecimento por Toda Parte

 À noite, os professores das escolas das vilas liam a Palavra em voz alta para pequenos grupos junto a lareiras. Todas as vezes, alguns corações se convenciam da verdade. "A explicação das Tuas palavras ilumina e dá discernimento aos inexperientes" (Sl 119:130).

 

 Os seguidores do papa que haviam delegado o estudo das Escrituras aos padres e monges agora os chamavam para refutar os novos ensinos. No entanto, ignorantes das Escrituras, os sacerdotes e frades eram completamente derrotados. "Infelizmente", disse um escritor católico, "Lutero convenceu seus seguidores a não depositar sua fé em nenhum outro guia além das Sagradas Escrituras."11 Multidões se reuniam para ouvir homens com pouca educação formal pregarem a verdade. A ignorância vergonhosa dos grandes se tornava óbvia à medida que os ensinos simples da Palavra de Deus refutavam seus argumentos. Trabalhadores, soldados, mulheres e até crianças estavam mais bem familiarizados com a Bíblia do que padres e eruditos cultos.

 

 Jovens de mente nobre se dedicaram ao estudo, investigando as Escrituras e analisando obras-primas da antiguidade. Com a mente ativa e coragem no coração, esses jovens logo adquiriram um conhecimento tão grande que, por um bom tempo, ninguém era capaz de competir com eles. As pessoas encontraram nos novos ensinos algo que satisfazia o desejo de seu coração e se afastaram daqueles que os alimentaram por tanto tempo com cascas inúteis de ritos supersticiosos e tradições humanas.

 

 Quando se levantou a perseguição contra os que ensinavam a verdade, eles seguiram as palavras de Cristo: "Quando forem perseguidos num lugar, fujam para outro" (Mt 10:23). Às vezes, os fugitivos encontravam uma porta hospitaleira aberta para eles e pregavam a Cristo, dentro de igrejas, em casas particulares ou a céu aberto. A verdade se espalhava com poder irresistível.

 

 As autoridades civis e eclesiásticas recorreram a prisão, tortura, fogo e espada, mas sem sucesso. Milhares de cristãos selaram a fé com sangue, porém a perseguição só servia para disseminar a verdade. O fanatismo que Satanás tentou aliar à Reforma só tornou mais claro o contraste entre a obra do inimigo e a de Deus.


O Grande Conflito, páginas 83, 84, 85 e 86.

Ação do Dia

Ore a Deus nesse dia pedindo sabedoria para pregar a Palavra de Deus de forma destemida.

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