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💬 Leitura

Leia os textos abaixo.

Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração.


Hebreus 4:12 ARA

A Palavra de Deus era como espada de dois gumes, cortando seu caminho para o interior do coração das pessoas. Os olhos do povo, direcionados tanto para cerimônias humanas como para sacerdotes terrenos, agora se voltavam, pela fé, para o Cristo crucificado.

O Grande Conflito – p. 60

Capítulo 7 – O líder

📄 Plano de leitura

Pág. 60, 61 e 62

◉ Única fonte

⬆️🎧 Também é possível ouvir este texto no áudio acima.


Dia 27

O Grande Conflito

Escrito por Ellen G. White

Capítulo 7 - O líder - Parte 4 de 5


Única Fonte

 Quando os inimigos apelavam para os costumes e as tradições, Lutero os enfrentava somente com a Bíblia. Eram argumentos aos quais não conseguiam responder. De seus sermões e escritos, provinham raios de luz que despertavam e iluminavam milhares. A Palavra de Deus era como espada de dois gumes, cortando seu caminho para o interior do coração das pessoas. Os olhos do povo, direcionados tanto para cerimônias humanas como para sacerdotes terrenos, agora se voltavam, pela fé, para o Cristo crucificado.

 

 Esse amplo interesse despertou o temor das autoridades papais. Lutero foi convocado a comparecer perante Roma a fim de responder pela acusação de heresia. Seus amigos sabiam muito bem o perigo que o ameaçava naquela cidade corrupta, já embriagada com o sangue dos mártires de Jesus. Solicitaram que ele fosse interrogado na Alemanha.

 

 Isso foi providenciado, e um representante do papa, ou legado, foi designado para ouvir o caso. As instruções a esse oficial explicavam que Lutero já deveria ser declarado herege. Portanto, o legado deveria "acusá-lo e prendê-lo sem qualquer demora". Tinha poder para "exilá-lo de qualquer parte da Alemanha; banir, amaldiçoar e excomungar todos os que tivessem qualquer ligação com ele", ou seja, excluir todos, sem importar a posição que ocupassem no Estado ou na Igreja, com exceção do imperador, que houvessem negligenciado seu dever de prender Lutero, bem como seus seguidores, e entregá-los à vingança de Roma. 16

 

 O documento não revelava nenhum vestígio de princípio cristão ou até mesmo de justiça comum. Lutero não teve a oportunidade de explicar ou defender sua posição. Ainda assim, foi declarado herege e, no mesmo dia, aconselhado, acusado, julgado e condenado.

 

 No momento em que Lutero muito necessitava do conselho de um amigo verdadeiro, Deus enviou Melâncton para Wittenberg. O bom senso de Melâncton, aliado a um caráter puro e justo, conquistava a admiração de todos. Logo ele se tornou o amigo da maior confiança de Lutero. Sua bondade, cautela e exatidão ajudaram a complementar a coragem e energia de Lutero.

 

 O julgamento ocorreria em Augsburgo , e o reformador partiu a pé. Havia ameaças de que ele seria assassinado no caminho; por isso, seus amigos imploraram que ele não fosse. Mas Lutero respondeu: "Sou como Jeremias, homem de lutas e contendas. No entanto, quanto mais aumentam as ameaças, mais se multiplica minha alegria. [...] Eles já destruíram minha honra e reputação. [...] Quanto à minha alma, não podem tomá-la. Todo aquele que deseja proclamar a palavra de Cristo ao mundo deve esperar a morte a qualquer momento". 17

 

 A notícia da chegada de Lutero a Augsburgo deu grande satisfação ao representante do papa. Parecia que o herege perturbador que havia despertado a atenção do mundo não escaparia do poder de Roma. O representante tinha a intenção de forçar Lutero a se retratar. Caso isso falhasse, ele enviaria o reformador a Roma a fim de partilhar do mesmo destino de Huss e Jerônimo. Assim, por meio de seus agentes, tentou fazer Lutero comparecer sem salvo- conduto, confiando em sua misericórdia. Mas o reformador se recusou a fazer isso. Só compareceu à presença do embaixador do papa quando recebeu o documento que prometia a proteção por parte do imperador.

 

 Como estratégia, os delegados do papa decidiram conquistar Lutero parecendo tratá-lo com bondade. O embaixador alegou grande amizade, mas exigiu que Lutero se submetesse completamente à igreja e abrisse mão de todas as suas ideias, sem argumentar, nem questionar. Em sua réplica, Lutero expressou sua consideração pela igreja, seu desejo de conhecer a verdade e sua disposição para responder não apenas a todas as objeções, mas àquilo que ensinava e a submeter suas doutrinas ao arbítrio das principais universidades. Ele também protestou contra a exigência do cardeal de se retratar sem ficar comprovado que estava errado.

 

 A única resposta que recebeu foi: "Retrate-se! Retrate-se!" O reformador mostrou que sua posição contava com o apoio das Escrituras. Ele não podia renunciar à verdade. O embaixador, incapaz de refutar os argumentos de Lutero, o sobrecarregou com uma tempestade de acusações, ataques, bajulação, citações da tradição e os dizeres dos pais da igreja, sem dar ao reformador a oportunidade de se pronunciar. Por fim, Lutero conseguiu a permissão relutante de apresentar sua resposta por escrito.

 

 Ao escrever para um amigo, disse: "Aquilo que é escrito pode ser submetido ao julgamento de outros. Além disso, maior é a chance de trabalhar com os temores, se não da consciência, de um déspota arrogante e tagarela, que, de outra maneira, dominaria por meio de suas palavras arrogantes." 18

 

 Na audiência seguinte, Lutero fez uma apresentação clara, concisa e vigorosa de seus pontos de vista, fundamentada nas Escrituras. Após ler o documento em voz alta, ele o entregou ao cardeal, que o jogou de lado e o desconsiderou, dizendo se tratar de um aglomerado de palavras vãs e citações irrelevantes. Então Lutero enfrentou o altivo oficial no terreno dele, usando as tradições e os ensinos da igreja, derrotando por completo os argumentos do cardeal.

 

 O oficial quase perdeu o domínio de si mesmo. Irado, gritou: "Retrate-se! Caso contrário, o mandarei para Roma." Por fim, declarou, em tom nervoso e arrogante: "Retrate-se, ou não volte nunca mais." 19

 

 O reformador saiu imediatamente com seus amigos, deixando claro que o embaixador não deveria esperar nenhuma retratação de sua parte. Não era isso que o cardeal intencionava. Sozinho agora com aqueles que o apoiavam, olhou perplexo para os outros diante do fracasso inesperado de seus planos.

 

 A vasta assembleia que ali estava teve a oportunidade de comparar os dois homens e julgar por si só o espírito que cada um havia demonstrado, bem como a força e veracidade de seus posicionamentos. O reformador era simples, humilde e firme, tendo a verdade a seu lado. O representante do papa se revestia de importância própria, era jactancioso, irracional e não tinha um único argumento bíblico. Ainda assim, exigia em volume máximo: "Retrate-se ou irá para Roma."


O Grande Conflito, páginas 60, 61 e 62.

Ação do Dia

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