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💬 Leitura

Leia os textos abaixo.

Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra.


Jó 19:25 ARA

Fiéis ao evangelho, os boêmios perseveraram durante a noite de sua perseguição. Na hora mais escura, continuavam a volver os olhos para o horizonte, como aqueles que esperam pela manhã.

O Grande Conflito – p. 54

Capítulo 6 – A dupla

📄 Plano de leitura

Pág. 52, 53 e 54

◉ Prisão e morte

◉ Traição

⬆️🎧 Também é possível ouvir este texto no áudio acima.


Dia 23

O Grande Conflito

Escrito por Ellen G. White

Capítulo 6 - A dupla - Parte 5 de 5


Prisão e Morte

 Mais uma vez, caiu uma tempestade de ira, e Jerônimo foi enviado o mais rápido possível de volta à prisão. Apesar disso, suas palavras causaram profunda impressão em alguns, que sentiram o desejo de salvar sua vida. Essas autoridades o visitaram e insistiram para que se sujeitasse ao concílio. Apresentaram como recompensa as melhores perspectivas.


 "Provem-me, usando as Sagradas Escrituras, que estou errado e renunciarei aos ensinos."


 "As Sagradas Escrituras!", exclamou um de seus tentadores. "Tudo precisa ser julgado por elas? Quem é capaz de entendê-las sem a interpretação da igreja?"


 "As tradições humanas são mais dignas de fé do que o evangelho de nosso Salvador?", Jerônimo questionou.


 "Herege!", foi a resposta. "Arre-pendo-me de haver insistido por tanto tempo com você. Vejo que está instigado pelo demônio."20


 Não demorou muito e Jerônimo foi levado para o mesmo lugar onde Huss perdera a vida. Foi cantando ao longo do caminho, com o rosto iluminado de alegria e paz. Para ele, a morte havia perdido o terror. Quando o capataz pisou atrás dele para acender a fogueira, o mártir exclamou: "Coloque fogo na minha frente. Se eu tivesse medo, não estaria aqui."


 Suas últimas palavras foram uma oração: "Senhor, Pai todo-poderoso, tem piedade de mim e perdoa meus pecados, pois Tu sabes que sempre amei Tua verdade." 21 As cinzas do mártir foram ajuntadas e, assim como as de Huss, jogadas no Reno. Dessa maneira, pereceram os fiéis portadores da luz de Deus.


 A execução de Huss acendeu uma chama de indignação e horror na Boêmia. Toda a nação declarava que ele fora um mestre fiel da verdade. O povo acusava o concílio de homicídio. As doutrinas de Huss atraíram mais atenção do que nunca antes e muitos aceitaram a fé reformada. O papa e o imperador se uniram para reprimir o movimento, e o exército de Sigismundo foi enviado contra a Boêmia.


 Deus, porém, enviou um libertador. Ziska, um dos mais capazes generais de sua época, era líder dos boêmios. Confiando na ajuda de Deus, o povo boêmio resistiu aos mais poderosos exércitos que podiam se levantar contra eles. Vez após vez, o imperador invadiu a Boêmia, só para ser repelido. Os adeptos de Huss se ergueram acima do medo da morte e nada foi capaz de prevalecer contra eles. O valente Ziska morreu, mas seu lugar foi ocupado por Proc ó pio, que, em alguns aspectos, era um líder ainda mais capaz.


 O papa proclamou uma cruzada contra os hussitas. Um exército imenso invadiu a Boêmia, somente para sofrer terrível derrota. Outra cruzada foi convocada. Em todos os países papais da Europa foram reunidos homens, dinheiro e munições de guerra. Grande multidão se congregou sob o estandarte papal.


 O vasto recrutamento adentrou a Boêmia. As pessoas se agruparam para expulsá-lo. Os dois exércitos se aproximaram um do outro até haver somente um rio entre eles. "Os cruzados tinham força extremamente superior; mas, em vez de correr através das torrentes de água e batalhar contra os hussitas, a quem tinham vindo encontrar de tão longe, permaneceram em silêncio olhando para aqueles guerreiros." 22


 De repente, um terror misterioso recaiu sobre o exército. Sem desferir um só golpe, o poderoso agrupamento se dispersou como se tivessem sido dispensados por um poder invisível. O exército hussita os perseguiu, e grandes foram os despojos nas mãos dos vitoriosos. A guerra, em vez de empobrecer os boêmios, os enriqueceu.


 Alguns anos depois, sob o domínio de um novo papa, empreendeu-se mais uma cruzada. Um vasto exército entrou na Boêmia. As forças hussitas recuaram diante dele, afastando os invasores para o interior do país, levando-os a pensar que já haviam conquistado a vitória.


 Por fim, o exército de Proc ópio avançou para a batalha. À medida que os invasores ouviram o som do exército que se aproximava, mesmo antes dos hussitas estarem dentro do campo de visão, pânico mais uma vez recaiu sobre eles. Príncipes, generais e soldados fugiram em todas as direções, livrando-se de sua armadura. Sua derrota foi completa e, novamente, os vitoriosos saíram com as mãos cheias de despojos.


 Assim, pela segunda vez, um grande exército de homens guerreiros, treinados para a batalha, fugiu sem desferir um só golpe perante os defensores de uma pequena e frágil nação. Os invasores foram tomados por um terror sobrenatural. O mesmo Deus que dispersou o exército de Midiã diante de Gideão e seus trezentos mais uma vez estendeu a mão (Jz 7:19-25; Sl 53:5).


Traição

 Os líderes papais finalmente recorreram à diplomacia. Conseguiram extrair dos boêmios uma concessão que os colocava em poder de Roma. Os boêmios especificaram quatro condições para ficar em paz com Roma: (1) livre pregação da Bíblia; (2) o direito de toda a igreja tanto ao pão quanto ao vinho na santa ceia e do uso da língua materna na adoração divina; (3) a exclusão do clero de todos os ofícios e de qualquer autoridade secular; (4) em caso de crime, a jurisdição dos tribunais civis tanto sobre religiosos quanto leigos. As autoridades papais concordaram em aceitar as quatro condições, mas disseram "que o direito de interpretá-las [...] deveria pertencer ao concílio - em outras palavras, ao papa e ao imperador". 23 Por isso, assinaram um tratado e Roma obteve, por meio de engano e fraude, aquilo que não havia conseguido conquistar em conflito. Ao atribuir a si o direito de interpretar as condições dos hussitas, assim como detinha o poder de interpretação da Bíblia, poderia distorcer o significado para se adequar a seus propósitos.


 Muitos cidadãos da Boêmia não podiam consentir com o tratado, reconhecendo que traía sua liberdade. Surgiram discordâncias que os levaram a contendas. O nobre Proc ópio sucumbiu , e a liberdade dos boêmios pereceu.


 Mais uma vez, exércitos estrangeiros invadiram a Boêmia, e aqueles que permaneceram fiéis ao evangelho enfrentaram sangrenta perseguição. Sua firmeza, porém, permaneceu inabalável. Forçados a encontrar refúgio nas cavernas, continuavam a se reunir para ler a Palavra de Deus e adorá-Lo. Por meio de mensageiros enviados em segredo para diferentes países, descobriram que "em meio às montanhas dos Alpes havia uma antiga igreja fundamentada sobre as bases das Escrituras, que protestava contra as corrupções idólatras de Roma". 24 Com grande alegria, começaram a se corresponder com os cristãos valdenses.


 Fiéis ao evangelho, os boêmios perseveraram durante a noite de sua perseguição. Na hora mais escura, continuavam a volver os olhos para o horizonte, como aqueles que esperam pela manhã.


O Grande Conflito, páginas 52, 53 e 54.

Ação do Dia

Ore a Deus neste dia pedindo que te ajude, mesmo em meio a perseguição e a morte, a continuar fiel a Palavra (bíblia) na certeza que Cristo vive e voltará em breve.

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