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💬 Leitura

Leia os textos abaixo.

[...] e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.


João 8:32 ARA

Deus não permitiu que Sua Palavra fosse totalmente destruída. Em diferentes países da Europa, o Espírito de Deus levou as pessoas a buscar a verdade como um tesouro escondido.

O Grande Conflito – p. 38

Capítulo 5 – A aurora

📄 Plano de leitura

Pág. 38, 39 e 40

◉ 5. A aurora

◉ Detector de erros

⬆️🎧 Também é possível ouvir este texto no áudio acima.


Dia 16

O Grande Conflito

Escrito por Ellen G. White

Capítulo 5 - A aurora - Parte 1 de 3

 

 Deus não permitiu que Sua Palavra fosse totalmente destruída. Em diferentes países da Europa, o Espírito de Deus levou as pessoas a buscar a verdade como um tesouro escondido. Ele as guiou às Sagradas Escrituras, e elas estavam dispostas a aceitar a luz a qualquer preço que precisassem pagar. Embora não vissem tudo com clareza, o Espírito as ajudou a compreender muitas verdades ocultas por bastante tempo.

 

 Havia chegado o momento das Escrituras serem entregues ao povo na própria língua. Tinha passado a meia-noite do mundo. Em muitas terras, sinais da chegada da aurora se aproximavam.

 

 No século 14, surgiu na Inglaterra a "estrela da manhã da Reforma". John Wycliffe se destacou na faculdade por sua espiritualidade fervorosa bem como por seu conhecimento acadêmico sensato. Educado na filosofia escolástica, nas leis da igreja e na lei civil, ele se preparou para tomar frente na grande luta por liberdade civil e religiosa. Adquiriu a disciplina intelectual das escolas e compreendia as táticas dos eruditos. A extensão e a amplitude de seu conhecimento despertavam o respeito tanto de amigos quanto de inimigos. Seus inimigos não eram capazes de desacreditar a causa da Reforma expondo a ignorância ou a fraqueza de seu porta-voz.

 

 Enquanto Wycliffe ainda estava na faculdade, começou a estudar as Escrituras. Antes disso, sentia uma grande carência, que nem os estudos acadêmicos, nem os ensinos da igreja eram capazes de suprir. Na Palavra de Deus, encontrou aquilo que buscava. Viu Cristo ser apresentado como nosso único advogado. Decidiu proclamar as verdades que descobriu.

 

 Quando começou sua obra, Wycliffe não se opôs a Roma. No entanto, quanto mais claramente reconhecia os erros do papado, com maior avidez apresentava os ensinos da Bíblia. Percebeu que Roma havia abandonado a Palavra de Deus, trocando-a pelas tradições humanas. Sem temor, Wycliffe acusava o sacerdócio de haver abandonado as Escrituras e exigia que a Bíblia fosse restaurada ao povo e sua autoridade estabelecida na igreja novamente. Era um pregador habilidoso e eloquente, e sua vida diária demonstrava as verdades que pregava. Seu conhecimento das Escrituras, a pureza de sua vida e sua coragem e integridade obtinham respeito por toda parte. Muitos viam os males da Igreja Romana. Recebiam de bom grado e com alegria as verdades que Wycliffe trazia à tona. No entanto, os líderes papais se encheram de ira. Esse reformador estava adquirindo influência maior que a deles.


Detector de Erros

 Wycliffe era um perspicaz detector de erros e se posicionava destemidamente contra os abusos que Roma aprovava. Embora fosse capelão do rei, objetou com ousadia ao pagamento de tributos que o papa exigia do rei da Inglaterra. A reivindicação papal de autoridade sobre os governantes seculares era contrária tanto à razão quanto à revelação. As exigências do papa haviam despertado ressentimento, e os ensinos de Wycliffe influenciavam a mente dos líderes da nação. O rei e os nobres se uniram na recusa a pagar tributos.

 

 Frades mendicantes inundavam a Inglaterra, corroendo a grandeza e a prosperidade da nação. A vida ociosa dos monges e a mendicância não só consumiam os recursos do povo, como também provocavam desprezo pelo trabalho útil. Os jovens foram desmoralizados e se corromperam. Muitos eram persuadidos a se dedicar à vida monástica não só sem o consentimento dos pais, mas até mesmo sem o conhecimento destes e contra suas ordens. Por meio dessa "desumanidade monstruosa", conforme Lutero denominou mais tarde, "assemelhando-se mais ao lobo e ao tirano que ao cristão e ao ser humano", o coração dos filhos foi colocado contra o dos pais.1

 

 Os monges enganavam até alunos das universidades e os persuadiam a se unir a suas ordens. Após serem apanhados na armadilha, era impossível se livrar. Muitos pais se recusavam a enviar os filhos para as universidades. As escolas entraram em declínio e a ignorância prevalecia.

 

 O papa dera poder a esses monges para ouvir confissões e conceder perdão - uma grande fonte de mal. Os frades, ávidos por dinheiro, estavam tão dispostos a conceder perdão que os criminosos os procuravam, e os piores vícios cresceram rapidamente. Doações que deveriam ajudar os pobres e doentes iam para os monges. A riqueza dos frades crescia constantemente. Suas construções magníficas e mesas luxuosas e fartas tornavam ainda mais óbvia a pobreza crescente da nação. Entretanto, os frades continuavam a se aproveitar do povo supersticioso e levá-lo a crer que todos os deveres religiosos consistiam em reconhecer a supremacia do papa, adorar os santos e fazer doações aos monges. Essa seria a maneira segura de garantir um lugar no Céu!

 

 Wycliffe, com clara inteligência, chegou à raiz do problema, declarando que o sistema em si era falso e deveria ser abolido. Seus esforços despertaram discussões e questionamentos. Muitos começaram a se indagar se não deveriam pedir perdão a Deus em vez de procurar o papa de Roma (ver o Apêndice). "Os monges e sacerdotes de Roma", diziam, "estão nos consumindo como câncer. Deus precisa nos livrar, caso contrário o povo perecerá".2 Os monges mendicantes afirmavam estar seguindo o exemplo do Salvador. Diziam que Jesus e Seus discípulos eram sustentados por doações das pessoas. Essa alegação levou muitos à Bíblia a fim de aprender a verdade por si mesmos.

 

 Wycliffe começou a escrever e publicar tratados contra os frades, chamando o povo a conhecer os ensinos da Bíblia e seu Autor. Ele não poderia ter usado um meio mais eficaz para derrotar a gigantesca estrutura que o papa havia edificado, no qual milhões eram mantidos cativos.

 

 Para defender os direitos da coroa inglesa dos abusos de Roma, Wycliffe foi nomeado embaixador real da Holanda. Ali entrou em contato com religiosos da França, Itália e Espanha. Teve a oportunidade de ver os bastidores e descobrir muitas coisas que haviam sido ocultadas dele na Inglaterra. Nesses representantes da corte papal, interpretou o verdadeiro caráter da liderança da igreja. Voltou para a Inglaterra a fim de retomar seus ensinos anteriores com maior zelo, declarando que o orgulho e o engano eram os deuses de Roma.

 

 Depois que Wycliffe voltou para a Inglaterra, o rei o nomeou reitor de Lutterworth. Isso lhe garantiu que seu discurso aberto não havia desagradado o rei. A influência de Wycliffe ajudou a moldar as crenças da nação.

 

 O papa logo enviou trovoadas sobre ele, promulgando três editos ("bulas") que ordenavam ação imediata para silenciar o professor de "heresias".3

 

 A chegada das bulas papais colocou toda a Inglaterra sob a ordem de aprisionar o herege (ver o Apêndice). Parecia certo que Wycliffe logo cairia diante da vingança de Roma. Contudo, o mesmo Deus que declarou a Abrão: "Não tenha medo [...]! Eu sou o seu escudo" (Gn 15:1), estendeu os braços para proteger Seu servo. A morte sobreveio não ao reformador, mas ao papa que havia ordenado sua destruição.

 

 A morte de Gregório XI foi sucedida pela eleição de dois papas rivais (ver o Apêndice). Cada um deles convocou seus fiéis a guerrear uns contra os outros, fazendo cumprir suas exigências não apenas por meio de maldições terríveis contra os inimigos, mas também por promessas de recompensa no Céu para quem os apoiasse. As facções rivais usaram todos os seus recursos para atacar uns aos outros e, por um tempo, Wycliffe teve paz.

 

 Essa divisão, com toda a contenda e corrupção que provocou, preparou o caminho para a Reforma, ao permitir que as pessoas vissem a realidade do papado. Wycliffe conclamou o povo a refletir se esses dois papas não estavam falando a verdade ao chamar um ao outro de anticristo.

 

 Determinado a espalhar a luz por todas as partes da Inglaterra, Wycliffe organizou um grupo de pregadores - homens simples e devotos que amavam a verdade e queriam disseminá-la. Eles ensinavam nos mercados, nas ruas das grandes cidades e nas estradas do campo, procurando os idosos, enfermos e pobres, anunciando a eles as boas-novas da graça de Deus.

 

 Em Oxford, Wycliffe pregou a Palavra de Deus na universidade. Recebeu o título de "doutor do evangelho". Mas a maior obra de sua vida foi a tradução das Escrituras para o inglês, a fim de que todos da Inglaterra pudessem ler sobre as obras maravilhosas de Deus.


O Grande Conflito, páginas 38, 39 e 40.

Ação do Dia

Diante de tanto engano e textos bíblicos mal interpretados, ore a Deus nesse dia pedindo iluminação do Espírito Santo para não ser enganado(a).

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